Paolo Guerrero, o herói do Corinthians que tem medo de andar de avião

Japão, estádio Yokohama. Final do Campeonato do Mundo de Clubes. Minuto 69, zero-zero no marcador. Uma oportunidade, um cabeceamento, um golo. Estava feito o 1-0, nascia um herói. José Paolo Guerrero Gonzales, simplesmente Guerrero para o mundo do futebol, projetava-se para a fama global. O avançado peruano voltava a mostrar-se determinante para o Corinthians, apontando aquele que seria o único tento da final e que valeria o título de Campeão do Mundo ao Timão, depois de já ter sido ele a apontar o golo triunfante, nas meias-finais, que eliminou os egípcios do Al-Ahly.
Mas quem é, afinal, o novo herói do Corinthians? Paolo Guerrero nasceu em Lima, no Peru, e começou a dar os primeiros pontapés na bola no Alianza Lima, que representou até 2002, altura em que foi contratado pelo Bayern Munique. O avançado teve, no entanto, de provar primeiro o seu valor na equipa B dos alemães por duas temporadas, já que só em 2004/05 chegou à equipa principal, juntando-se ao compatriota Claudio Pizarro.
Em 2006/07 transferiu-se para o Hamburgo, mas nunca esqueceu a ligação aos bávaros, nunca celebrando os golos ao Bayern. Em Hamburgo ficou até ao ano passado, 2011/12, tendo apontado 51 golos em 184 jogos. Um dos episódios por que ficou mais conhecido (desta feita pelos piores motivos) aconteceu em 2010, num jogo diante do Hannover 96, em que atirou, depois de ser provocado, uma garrafa contra um adepto da equipa adversária. O gesto valeu-lhe uma pesada multa e cinco jogos de suspensão.
Chegado ao Corinthians, tem sido um dos jogadores em maior destaque esta temporada, e o golo diante do Chelsea promete-lhe, certamente, um lugar nas páginas da história do Timão e no coração dos adeptos do emblema brasileiro. Voou alto, este domingo, Guerrero, ele que curiosamente tem medo de andar... de avião.